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Correntes por e-mail não se propagam como vírus

Pessoal, assim como eu acredito que vocês também são ou já foram vitímas das famosas correntes por e-mail, para mim não existe coisa pior do que abrir a caixa de e-mail e ver logo na entrada aquela velha frase "REPASSEM", aquilo chega me deixar nervoso, só de pensar como as pessoas perdem tempo com aquela idiotise.

Pesquisa mostra que mensagens de abaixo-assinados não vão direto do usuário para o amigo mais próximo.

Sempre se pensou que as correntes por e-mail trafegassem de forma simples e direta: de um usuário para seus amigos, abrindo um leque típico das reações em cadeia. Não é bem assim que as coisas ocorrem. Uma pesquisa mostra que as mensagens de uma corrente traçam rotas bem mais complexas que as supostas pelo senso comum.

Os pesquisadores americanos Jon Kleinberg, da Universidade Cornell, e David Liben-Nowell, do Carleton College, descobriram que esse tipo de mensagem não se propaga como um vírus, com cada uma criando vários descendentes, numa estrutura de árvore. As pessoas usam algum tipo de seletividade ao retransmitir as mensagens. Tanto que, em 90% dos casos, as mensagens produziram apenas um descendente.

A pesquisa analisou as rotas de duas petições por e-mail que circularam durante muitos anos. Uma delas, que pedia apoio a estações de rádio públicas, começou a circular em 1995. A outra, condenando a invasão do Iraque, teve início em 2002. Da primeira, os pesquisadores encontraram 316 cópias, com mais de 13 mil assinaturas; da outra, 637 cópias com cerca de 20 mil assinaturas.

Com esse material em mãos, os pesquisadores procuraram identificar as rotas e os padrões de distribuição dos e-mails. A principal conclusão é que esse tipo de carta não se reproduz de forma viral. Só muito raramente uma mensagem toma o caminho mais simples entre duas caixas postais, mesmo quando os usuários são muito próximos.

As rotas são altamente tortuosas, garantem Kleinberg e Liben-Nowell. Eles dão um exemplo: mesmo quando duas pessoas estão a apenas seis passos uma da outra, a mensagem pode passar por até 100 intermediários, saindo da primeira pessoa até chegar à segunda.

O estudo desenvolvido por Kleinberg e Liben-Nowell é importante, seja para compreender o comportamento das pessoas, seja para relacionar esse comportamento com a propagação de vírus. Além do apoio de entidades acadêmicas, a pesquisa recebeu suporte das empresas Google e Yahoo, duas notórias interessadas na compreensão desses processos.

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